quarta-feira, 16 de junho de 2010

DIRCEU PANTERA: O guerreiro do Ribeiro Junqueira, Cruzeiro, Botafogo, América/MG e Deportivo Itália

Por João Gabriel B. Meneghite


Dirceu Francisco nasceu em Leopoldina/MG no dia 10 de outubro de 1935. É ex-jogador de futebol (Liga Esportiva Leopoldinense, Ribeiro Junqueira, Cruzeiro, Botafogo, América/MG, Vila Nova e Deportivo Itália da Venezuela).
Com 17 anos começou a jogar no time da Liga Esportiva Leopoldinense, do Colégio Leopoldinense. Serviu ao tiro de guerra (serviço militar obrigatório), que em Leopoldina, na época, era feito em parceria com o Ginásio Leopoldinense. Trabalhou como pintor na oficina do saudoso José Ferreira Nunes, mais conhecido como Macarrão, que lhe ensinou a sua primeira profissão.
Em 1954, Dirceu entrou para o juvenil do E.C Ribeiro Junqueira e em menos de um ano foi promovido para o time profissional no qual conquistou o Bi-Campeonato da Zona da Mata em 1955, o tri em 1956 e tetra campeão da região da Zona da Mata em 1957.
Na conquista do tetra campeonato da Zona da Mata, o time do Ribeiro Junqueira contou com a participação decisiva de Dirceu numa partida disputada contra o Recreio E.C, em que o rubro-negro leopoldinense ganhou por 3x1, com dois gols de Raul e um de Dirceu. Mas essa vitória não foi fácil, conta Paulo Rubens Franzone, em artigo publicado no livro "E.C.Ribeiro Junqueira, o eterno campeão" de José Capidville Gribel, pois um tumulto generalizado fez com que torcedores e jogadores saíssem correndo mato a fora e se escondessem atrás de morros com medo da pancadaria e até mesmo tiros, provocando aquela correria geral. Os repórteres da Rádio Leopoldina não podiam transmitir o jogo em face das ameaças de alguns torcedores recreenses, uma rivalidade acirrada Leopoldina x Recreio. Após o tumulto e com ânimos serenados, os torcedores foram separados, deram seqüência ao jogo histórico, que foi um dos últimos de Dirceu com a camisa do Ribeiro Junqueira, que era dirigido por Getúlio Subirá, marcando em sua carreira o tetra campeonato da Zona da Mata.

Esporte Clube Ribeiro Junqueira, década de 50. Em pé: Bolinha, Heleno, Paulo Gama, Olange, Cabeção, Azeite, Barão, Vovô, Possato(técnico).
Agachados: Dirceu, Oscar, Delson Paiva, Cabo Onalde, Raulzinho, Juca Buião e Foição (massagista) (Crédito: Acervo do E.C Ribeiro Junqueira)

Em 1957, mesmo ano em que foi tetra campeão da Zona da Mata, Dirceu foi indicado pelo amigo Elmo Correa Lima para fazer testes no Cruzeiro, Elmo, que também nasceu em Leopoldina, morava no distrito de Tebas, jogou com Dirceu no Ribeiro Junqueira e fazia parte do elenco principal do time celeste.

Indicação feita, Dirceu recebeu o convite do E.C Cruzeiro para ir a Belo Horizonte fazer testes, mas para isto, precisava pedir uma licença de 15 dias ao seu patrão, o saudoso José Ferreira Nunes, mais conhecido como Macarrão.
Dirceu guarda lembranças de carinho do patrão, que lhe disse: "pode ir tranqüilo, aqui o seu lugar está garantido para quando voltar". A oficina de Macarrão ficava localizada na Avenida Getúlio Vargas, onde atualmente está instalada a Auto Peças Zangale Zaquine. Dirceu saiu de Leopoldina às 6h da manhã e chegou a Belo Horizonte às 6h da noite numa terça feira.
Naquela época, para se chegar a Belo Horizonte vindo de Leopoldina, tinha que se passar pela cidade de Juiz de Fora, e o trajeto era marcado por estradas de chão. Era uma viagem bem cansativa. Já à noite, Dirceu apresenta-se na sede do Cruzeiro e foi para o quarto dormir. No dia seguinte, o time celeste, que saiu de um campeonato, disputaria um amistoso contra o Democrata de Sete Lagoas. O time treinado por Ayrton Moreira, homem que montou a equipe do Cruzeiro conhecida como "fabulosa máquina de jogar futebol". Ayrton mandou chamar Dirceu no quarto para arrumar o seu material. O jovem leopoldinense foi surpreendido de iniciar o seu teste contra a equipe de Sete Lagoas, pois achava que ia ficar na reserva, mas recebeu a camisa número nove. Percebendo o susto de Dirceu, Ayrton Moreira disse:

— Você vai jogar ! Por acaso está com medo?
— Medo de jogar eu não tenho não, mas o negócio é que eu não conheço a forma de jogar do time, cheguei ontem, disse Dirceu.
— Mas o Elmo me falou que você sabe jogar, jogue do jeito que joga em Leopoldina, finalizou
o treinador.

José Ferreira Nunes, o Macarrão, não pode contar mais com o seu pintor, pois o jovem simples do interior que achava que ia fazer somente um passeio, e realizou o sonho de conhecer a cidade grande, teve destino mudado por uma bela apresentação em um jogo amistoso contra o Democrata de Sete Lagoas na Alameda, em que Cruzeiro perdeu de 4x2. O destaque foi para Dirceu, o pintor de uma oficina mecânica, que fez os dois gols do time celeste e arrebentou
no jogo, conquistando um novo emprego: o de jogador de futebol profissional.


Time do Cruzeiro de 1959, Dirceu é o segundo da esquerda para direita agachado, ao seu lado (terceiro agachado) o leopoldinense Elmo Correa Lima (Crédito: Blog do Cruzeirense)









O apelido de Dirceu Pantera se deu pelo fato de no time celeste existir três jogadores com o mesmo nome, para diferenciar e facilitar a narração esportiva foi colocado o apelido de Pantera, por causa do estilo guerreiro dentro de campo, diferenciando-o assim,dos demais (Dirceu Lopes e Dirceu Trapatone). Dirceu Pantera ficou no Cruzeiro de 1957 a 1964, porém, foi emprestado ao time do Botafogo no principio do segundo turno do ano de 1961. Foi campeão pelos dois times. No Cruzeiro, o leopoldinense foi ídolo da torcida daquela época e está na galeria de craques da história do Cruzeiro, pelo qual disputou diversos campeonatos, como o Mineiro, em que foi tricampeão em 59, 60 e 61. (Fonte: Revista Cruzeiro)
No período em que esteve no Botafogo, ele atuou com os jogadores consagrados como Garrincha, Didi, Manga, Nilton Santos,Zagalo, Quarentinha, Amarildo, Campoline, Zé Maria, Rildo e outros.
Na rápida passagem que teve pelo Botafogo, Dirceu era reserva do gênio alvinegro Amarildo e foi campeão carioca de 61, jogando também diversos amistosos com o time, inclusive uma turnê que fizeram por várias cidades, incluindo Leopoldina e na cidade de Cataguases.
O leopoldinense, que tinha como time de infância o Botafogo, estava no meio de grandes craques do futebol, realizando um sonho que é o de praticamente toda criança: ser jogador de futebol. Dirceu foi mais adiante! Estava no meio de grandes ídolos do futebol brasileiro e mundial. Tinha como ídolo de juventude o atacante Pirilo, do Botafogo. "Naquela região o futebol carioca era mais forte e todo domingo eu ficava ouvindo os jogos do botafogo e imaginando os gols do Pirilo, um ídolo que nunca vi jogar" Em 1962, o Cruzeiro repatriou o craque leopoldinense, ele permaneceu no time celeste até o ano de 1964 quando foi transferido para o time do Vila Nova (Nova Lima/MG), tendo uma rápida passagem.
Em 65 foi vice-campeão mineiro pelo América e logo em seguida se transferiu para o Deportivo Itália. Para o Deportivo Itália, time criado por imigrantes italianos na Venezuela, Dirceu Pantera foi indicado por seu amigo e conterrâneo Elmo Correa Lima que já fazia parte do time venezuelano e que jogou com Dirceu no Ribeiro Junqueira e Cruzeiro.


DEPORTIVO ITALIA: Cáia (m.), Fassano, Vicente, Ivan, Mendonza, Lino, Massinha
João José, Moacir, Dirceu, Zélio, Capeileto (Crédito: Album de Família Moacyr "Cici")







Antes de ir para a Venezuela, o Dirceu Francisco rescindiu contrato com o América Mineiro. Em 1965, com passaporte garantido para Carácas, capital da Venezuela, foi destaque no clube, sendo campeão venezuelano em 1966 e disputando os campeonatos como Copa da Venezuela e Taça Libertadores (66, 67). Lá, Dirceu jogou com o também leopoldinense Moacyr, o Cici, que não se adaptou ao país e voltou ao Brasil por saudades da família.


Os leopoldinenses Dirceu e o saudoso Moacyr (Cici), jogaram juntos no Deportivo Itália. Na foto, os amigos curtiam em uma das praias da Venezuela (Crédito: Album de Família Moacyr "Cici")












Em 1967, com 32 anos, Dirceu Francisco pendurou as chuteiras e se aposentou do futebol profissional. Em entrevista por telefone, o leopoldinense lembrou com carinho os tempos em que jogou no Ribeiro Junqueira e da grande rivalidade dos jogos disputados entre Atlético Mineiro x Cruzeiro onde Dirceu relembrou um jogo marcante de sua carreira no qual ele marcou um gol do meio campo, gol este que Pelé não conseguiu fazer.
Com o futebol, Dirceu não conseguiu ficar rico, mas conquistou a sua casa própria e a tranqüilidade financeira em Belo Horizonte, onde reside há mais de 40 anos com a esposa Maria da Glória. Comemorou em 2009 bodas de ouro ao lado de seus 5 filhos e de toda a família.


Dirceu e a sua esposa Maria da Glória, em Belo Horizonte, onde reside há mais de 40 anos (Crédito: Jorge Gontijo / Estado de Minas.)









OUÇA A ENTREVISTA DE DIRCEU PANTERA CONCEDIDA AO JORNAL LEOPOLDINENSE NO AR

terça-feira, 16 de março de 2010

José Márcio Pereira da Silva (ZEQUINHA)

José Márcio Pereira da Silva (Zequinha), Ex-Jogador de futebol (Ribeiro Junqueira, Flamengo, Botafogo, Grêmio, São Paulo e Seleção Brasileira), Economista (PUC-Rio Grande do Sul), nasceu em Leopoldina-MG no dia 17 de novembro de 1949 na Praça da Bandeira e passou a infância na Meia Laranja. Filho do Sr. Zé da Antônia e dona Cola, irmão de Adilson ( já falecido), Marilene, que reside no Rio de Janeiro, Marli,que reside em Leopoldina e Marcinha, que residente em Vista Alegre.

Como time do Palmeirinhas se destacava na cidade ao longo dos anos, transformaram-no em time Juvenil do Ribeiro Junqueira. Jovem, Zequinha ia todos os dias ver o time profissional do Ribeiro Junqueira treinar e ficava observando os mais velhos Onalde, Popota, Zé Roberto, Derlei, Roll, Ronaldo França e outros que para Zequinha eram os craques no qual se inspiravam em seus lances e dizia: "Eu quero fazer igual esses caras fazem" , referindo-se aos chutes fortes, domínio de bola e outras habilidades que os jogadores do time profissional faziam.


Palmeiras Futebol Clube, década de 1960 - relembrado como um dos melhores times juvenis de todos os tempos em Leopoldina. Em pé da esq/dir: Princesa (técnico), Painha, Marli (madrinha do time e irmã de Zequinha), Barizon, Hélio Tipo, Perácio, Maria Helena (madrinha), Padeirinho, Leninho (da LM Ferragens), Jaime, Prata e Félix (massagista).Agachados: Zequinha, Bebeto, Adir, Diguinha e Lindinho. Foto tirada no campo do RJ em jogo contra o Operário de Cataguases.

Foram essas dentre várias passagens de Zequinha em Leopoldina que foram reveladas em entrevista ao Jornal Leopoldinense no Ar da Rádio Jornal AM. Com emoção nas palavras, ele falou pausadamente a seguinte frase sobre a sua infância: "Desejo o tipo de infância que tive em Leopoldina para qualquer criança no mundo".

Após se destacar no time juvenil na década de 60, Zequinha foi convidado pelo então técnico do Ribeiro Junqueira Getúlio Subirá para fazer parte da equipe principal do time no qual jogou algumas partidas onde era reserva do ponta direita Arnoldo.

Em diversas viagens pela região, Zequinha demonstrou o seu futebol arte e foi em um jogo contra a Seleção do Rio de Janeiro no dia 03 de Janeiro de 1965 na cidade de Leopoldina que se deu início a brilhante carreira do "Zeca Diabo". A Seleção Carioca trouxe à cidade os jogadores de seleção como Barbosa, Calazans, Quarentinha, Brito e outros.

Após a belíssima apresentação de Zequinha num jogo em que o Ribeiro Junqueira ganhou de 3 x 1, um olheiro chamado Mineiro, aproximou-se de Zequinha e perguntou: -Ei garoto, quem é seu pai? Ele está por aqui?- Meu Pai é o Sr. Zé da Antônia, é aquele ali chupando laranja ó. Mineiro, que observava a garotada no interior para os clubes do Rio de Janeiro e que também era massagista do Flamengo, foi conversar com o Sr. Zé da Antônia para levar Zequinha ao Botafogo. Como a família Pereira Silva era toda flamenguista, Zeca partiu para o juvenil do Flamengo.

















SELEÇÃO CARIOCA Ano 1965 - Ribeiro Junqueira 3 x 1 Seleção Carioca. Em pé: Jair Marinho, Zé Maria, Brito, Frans, Altair, Barbosinha. Agachados: Antoninho, Sabará, Macalé, Fefeu e Quarentinha.  Jogo realizado no dia 03 de Janeiro de 1965 no Estádio Guanahyro Fraga Motta.


Time Juvenil do Ribeiro Junqueira

No Flamengo, Zequinha encontrou os então desconhecidos craques que viriam a jogar assim como Zeca pela Seleção Canarinho: Rodrigues Neto, Dionísio, Luiz Carlos, Arilson e outros. Conquistaram o campeonato Carioca de Juvenis com duas rodadas de antecipação e foi aí que resolveram promover diversos jogadores do juvenil do Flamengo para o time principal fazendo uma mesclagem de jogadores jovens e experientes. Naquela época, o treinador do time juvenil do Flamengo era Valter Miraglia, de quem Zequinha recebeu uma proposta para subir ao time principal. Proposta essa que recusou, pois naquele momento se algo acontecesse de errado poderia voltar novamente para o time juvenil e ele não queria isto. Zequinha acabou sendo emprestado ao Palmeiras por um período de três meses em troca de um goleiro chamado Donar. Não se acostumando, Zequinha abandonou a cidade de São Paulo, ficando somente um mês no Palmeiras. Não cumprindo o contrato, Valter Miraglia, que foi o responsável pela negociação de Zeca, ficou bravo com ele. Deprimido, Zequinha volta para Leopoldina e no impasse de não saber se estava mais no Flamengo ou Palmeiras, o craque leopoldinense pensou em parar por estar muito chateado com aquilo tudo que estava acontecendo. Chegando a Leopoldina ele é questionado pelo pai Sr. Zé da Antônia:

- O que está acontecendo?

- Eu tô de férias, pai.

- Mas que férias são essas se está todo mundo jogando?

Esperto e homem firme como o Sr. Zé da Antônia, Zequinha não consegue tapear o Pai que retrucou na mesma hora e disse:

- Antes de você sair daqui eu te falei. Se der com a cabeça na pedra vai ser você que vai ter que se virar sozinho. Arruma essa mala e volta para o Rio de Janeiro.

Chegando ao Rio de Janeiro em 1968, Zequinha volta para o juvenil do Flamengo e uma semana depois recebe a proposta de ir para o Botafogo que queria a qualquer custo o menino Zequinha em seu time profissional, já que o técnico Mário Lobo Zagalo recorria sempre às categorias de base dos clubes, revelando talentos como Zequinha. Valter Miraglia então fez a contraproposta solicitando o atacante Zélio do Botafogo a troco de Zequinha.

Troca feita, no Botafogo Zequinha deslanchou a sua carreira; porém, ao chegar ao alvinegro carioca ele foi reserva do então titular da Seleção Brasileira e do Botafogo Rogério. Quando Zequinha chegou ao Botafogo em 1968, Zagalo cantou a pedra para o menino de Leopoldina "Olha garoto, o negócio é o seguinte: O Rogério é o titular, porém, ele está sempre se machucando e você terá a sua oportunidade". Assim feito, após a primeira oportunidade dada a Zequinha, o filho de Dona Cola e do Sr. Zé da Antônia agarrou-a e ficou como titular absoluto do Botafogo. Garrincha até chegou a dizer em uma entrevista que tinha orgulho de ver a sua camisa 7 com o habilidoso Zequinha.














Em Pé: Mura, Ubirajara, Brito, Djalma Dias, Nei COnceição e Valtencir. Agachados: Zequinha, Paulo César Cajú, Nei Oliveira, Roberto Miranda e Galdino.


 Quem imaginou que dos campinhos de pelada do Cocota iria sair um ídolo da torcida botafoguense? Pois o José Márcio Pereira da Silva cumpriu a difícil missão dada pelo Sr. Zé da Antônia e foi para o Rio de Janeiro conquistando o auge de sua carreira como jogador de futebol, chegando pelo Botafogo à Seleção Brasileira de Futebol, jogando ao lado de Pelé, Gerson, Rivelino e outros. A convocação para a Seleção Brasileira começou a se desenhar quando a equipe estava jogando a Copa do Mundo de 1970.
No Brasil, Zequinha disputava o campeonato carioca pelo Botafogo, em um ano em que o Zeca Diabo dava muito trabalho aos zagueiros e com uma campanha espetacular pelo alvinegro carioca. Logo após a Copa do Mundo, Rogério, que era titular da Seleção Brasileira, estava machucado e Zequinha assume a vaga jogando vários amistosos pela Seleção Canarinho. A emoção tomava conta de Zeca quando o time seguia de ônibus para os estádios. Ele olhava para os lados e só enxergava Deuses do futebol como Pelé, Rivelino, Gerson e outros e se perguntava: O que é que eu estou fazendo aqui? Ele vivia um sonho de criança e não queria mais acordar. Zequinha, ficou marcado na história da Seleção Brasileira devido ao cruzamento para o ultimo gol de Pelé pela Seleção.











Zequinha em treinamento com a Seleção Brasileira de Pelé, Gerson etc.

No auge de sua carreira no time de General Severiano, o Botafogo vive um momento de crise e é obrigado a vender o craque da camisa 7 para o Grêmio em 1974. Na terra dos Gaúchos o simples leopoldinense vira ídolo da torcida gremista e quebra a chamada hegemonia do Internacional que há mais de 17 grenais não perdia para o Grêmio e em um jogo emocionante Zequinha marca os três gols da partida em que o Grêmio venceu o Internacional por 3x1.

No Grêmio, Zequinha foi campeão gaúcho de 1977 num time dirigido pelo técnico Telê Santana. Até hoje o jogador é lembrado carinhosamente no sul pela sua marca, que talvez possa ser o único jogador a marcar três gols em clássicos Grenais.




Em 1977 Zequinha vai para o São Paulo, jogando ao lado de Waldir Peres, Getúlio Chicão, Estevam, Osmar, Neca, Milton Cruz, Dário Pereira e José Sérgio. No tricolor paulista foi campeão Brasileiro de 1977, marcou com a camisa do São Paulo apenas dois gols, ajudando a conquistar 30 vitórias, 13 empates e 15 derrotas.

Em 2001, Zequinha se mudou para os Estados Unidos, em Dallas, no Texas e chegou a jogar em alguns times como o Dallas, Tampa Bay, Tulsa e outros. Z como é chamado carinhosamente pelos alunos, trabalha como treinador de futebol infantil (masculino e feminino) e acumula o trabalho de treinador com o de diretor de desenvolvimento do Clube "A to Z Soccer".

Com 61 anos, José Márcio Pereira da Silva bate algumas peladinhas e ainda encanta com o seu futebol arte.













Esta foto é de um torneio que se joga antes de começar o campeonato, que ganhamos agora em agosto 2009 - em Oklahoma City, diz Zequinha.



Veja o vídeo de alguns lances do "Zeca Diabo"


No dia 28 de dezembro de 2009, o leopoldinense José Márcio Pereira da Silva (Zequinha), esteve no programa Jornal Leopoldinense no Ar da Rádio Jornal AM. Ouça a entrevista abaixo: